sábado, 31 de outubro de 2009

ÉDesign







No último final de semana, de 22 à 24 de outubro, estive em Recife no III Encontro Estadual de Estudantes de Design de Pernambuco, o ÉDesignPE.
Dessa vez levei minha primeira oficina. Com o objetivo de firmar a temática do evento, "Quebre o Cubo", para que haja integração entre as diversas áreas do design, eu e mais três futuras designers nos unimos parar quebrar o cubo de fato, fazendo a fusão entre o Design de Moda e o Design de Interiores criamos a oficina Vestindo Ambientes.
Dividida em duas partes, Vestindo Ambientes - Parte I: Estilizando Espaços e Vestindo Ambientes - Parte II: Interiorizando a Moda, a primeira parte ministrada por mim com a parte de design de moda e pela minha irmã (Ingrid Marla, que não pôde participar e foi substituída pelas oficineiras da segunda parte, Flavia Gomes e Rafaella Arruda) com a parte de design de interiores, demos uma breve introdução teórica deixando claro o objetivo da nossa oficina e explicando as vertentes dessa fusão, assim como, a importância da mesma. Logo, seguimos com uma divisão dos participantes em grupos e distribuimos catálogos de moda e catálogos de decoração e ambientação, para que eles pudessem desenvolver a parte prática da oficina que é criar um ambiente inspirado na moda (com base no catálogo ou imagem escolhida), fazendo um esboço do mesmo e criar/desenvolver uma coleção com no mínimo três looks inspirados nas imagens de objetos de decoração e mobiliário, escolhidos por cada grupo.
Na segunda parte da oficina, ministrada por Flavia Gomes e Rafaella Arruda, estudantes do curso de design de interiores, os grupos de forma dinâmica e descontraída, colocam a mão na massa e passam o ambiente criado em esboço para uma maquete.
A oficina foi muito prazerosa de se passar, ficamos muito felizes com o resultado satisfatório e elogios dos participantes da mesma.
E, não parou por aí, devido ao sucesso da nossa oficina, fomos convidadas para ministrar a mesma no "Dia D" que ocorrerá no próximo dia 5 de novembro (quinta-feira) no IFPB (antigo CEFET) em comemoração ao dia do designer. Logo mais falarei sobre esse assunto aqui.

Beijos

Bom feriado para todos!

Bell Meira

Cultura em evidência


Dando o ar da graça, depois de dias de correria e sumiço...
Volto falando sobre um trabalho interdisciplinar sobre Tribos Urbanas desenvolvido com base no rastafarianismo como cultura e religião.
Fazendo pesquisas de campo, teóricas, comportamentais, visuais e imagéticas sobre o grupo Rastafári, a qual possui uma filosofia de vida profunda e ideológica, baseada na simplicidade, respeito pela natureza em si, assim como pela natureza humana e na mensagem de Jah Rastafári na imagem de Hailê Selassiê I, ex-imperador da Etiópia.
Tive como objetivo através desse trabalho desconstruir a ideia supérflua e preconceituosa que as pessoas têm em relação ao grupo Rastafári, fazendo com que elas mudem o foco do senso comum e passem a observar com olhos de pesquisadores as descobertas interessantíssimas e ricas em cultura que fiz, viajando assim, em um mundo diferente, no entanto, paralelo ao nosso.
Determinar o comportamento do grupo estudado, observar o modo como costumam se vestir, obtendo, dessa forma, características essenciais para a criação e desenvolvimento de um look voltado para tal público. E, ainda, tornar direto o contato visual, através de fotografias, para que as pessoas possam enxergar cada detalhe da maneira como quis transmitir.
Este é um dos motivos por eu amar a minha área, poder estar descobrindo novas formas de inserir a moda em contextos completamente opostos, mostrando as pessoas que moda não é apenas futilidade, porém, além de comunicação nas diferentes formas de expressão, é também necessidade. Pude ver de perto a dificuldade do grupo rasta para se vestir como acham que é certo, dessa forma, criando roupas que estejam de acordo com o que precisam e desejam, facilitando, assim, seu modo de vida através de roupas simples, acessíveis, confortáveis, leves e ainda com as cores mais usadas pelo grupo: verde, amarelo e vermelho (cores originárias da bandeira nacional da etiópia).
Um trabalho rico em cultura e informação, intenso, prazeroso e satisfatório.
Logo mais posto as fotos dos looks criados por mim e minha dupla para o trabalho e ainda o link do vídeo que produzimos falando sobre o grupo Rastáfari.

Beijos

P.S.: a imagem postada é a capa do catálogo criado exclusivamente para o trabalho.

Bell Meira

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Ronaldo Fraga em João Pessoa


No dia 13 de outubro de 2009, aconteceu no Hotel Tambaú, em João Pessoa – Paraíba, uma solenidade que homenageou entre outros, o estilista Ronaldo Fraga, agraciado com a “Medalha do Mérito Turístico” pelo trabalho inspirado no artesanato em parceria com bordadeiras paraibanas, como um dos nomes mais importantes para o desenvolvimento (consolidação) da moda no Brasil.

A honraria foi criada pela Assembléia Legislativa em reconhecimento às pessoas que se destacam nos trabalhos em prol do desenvolvimento turístico do Estado.

A sessão especial se iniciou pela Mesa Diretora da Assembléia Legislativa, composta pelos deputados Dunga Júnior, Zenóbio Toscano, João Gonçalves e Iraê Lucena, ex-presidente da Parlatur e atual secretária estadual do Acompanhamento da Ação Governamental.

A noite foi regada ao som do coral Maestro Pedro Santos, formado por servidores da Casa de Epitácio Pessoa, que apresentou o Hino Nacional e em seguida um pot-pourri de músicas tipicamente brasileiras, representando cada estado do Brasil. A Paraíba foi homenageada com as músicas “Portal do Sol” e “Meu Sublime Torrão”.

Em seguida foram citados os requerimentos / resoluções concedendo as medalhas e diplomas do mérito turístico aos seus respectivos representantes. Logo após, o presidente da Empresa Paraibana do Turismo (PBTur), Rodrigo Freire, que também recebeu “Medalha de Mérito Turístico” e o deputado Dunga Júnior, deram algumas palavras de agradecimento, encerrando a honraria.

Para fechar a noite, um dos pontos altos da solenidade foi o desfile com duas coleções do estilista mineiro Ronaldo Fraga (projeto Talentos do Brasil) que usou a cultura paraibana como inspiração das mesmas, em parceria com labirinteiras, rendeiras e bordadeiras do agreste paraibano, além do uso do algodão colorido, riqueza do nosso Estado. As coleções “Para Voar” e “Flores do Agreste”, esta última desfilada em Paris, dando impulso para a cultura da Paraíba ultrapassar seus limites. “Explorando” o artesanato paraibano, tirando-o do anonimato e incentivando o crescimento do mesmo. Segundo o estilista, o foco é reafirmar a cultura, além de gerar emprego e renda. Ronaldo agradeceu o carinho, elogiou o estado e afirmou o seu amor pela Paraíba.

As coleções em tecidos leves, nas cores preto e branco, fugiam da sobriedade através dos bordados e rendas em cores que preenchiam blusas, saias soltas, vestidos, mangas e decotes, um trabalho minucioso e belo. Muito se viu de pássaros e flores cheios de vida. Faixas na cintura, costas nadador, mangas levemente “bufantes” e ainda blusas e vestidos sem mangas também fizeram parte da composição de alguns looks.

A produção do desfile deu uma derrapada ao completar o visual das modelos com penteados estruturados e cheios de volume, tendo em vista que tudo é um conjunto e os temas das coleções pediam penteados nada ousados, mas sim, leves e ingênuos, como havia pedido o estilista em forma de tranças. No mais, a maquiagem leve e as sandálias rasteirinhas de couro, bem regionais, deram o tom certo à produção. A trilha sonora escolhida a dedo por Ronaldo, foi aposta certeira, formada por músicas bem brasileiras e regionais, remetendo à inspiração paraibana e ao trabalho artesanal, além dos temas das coleções.

O evento ainda contou com uma exposição de telas do artista plástico Romero Britto, no hall do hotel.



Bell Meira

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Aquela Fada


Hoje vim falar sobre um assunto que vai interessar a quem gosta de novidade... O assunto é LANÇAMENTO!

Aquela Fada, marca de acessórios aqui da Paraíba, que tem à sua frente a jovem Marília Lima, lançará amanhã, 10, a sua segunda coleção. Com o tema "Quatro Elementos", a marca convida para viajarmos em um mundo de acessórios exclusivos criados a partir das sensações mágicas de cada um dos componentes do universo: fogo, ar, água e terra.

O bazar de lançamento acontecerá das 17hs às 21hs.

Estarei lá para conferir e comentar com vocês todas as belas novidades que serão apresentadas! Aguardem! É moda na Paraíba.



Bell Meira

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Moda e Tribos Urbanas: uma linguagem de estilo



Nas cidades contemporâneas, um dia-a-dia corrido que assusta, dias acelerados e um mundo de descobertas e novas tecnologias por segundo, os jovens se sentem sufocados e carentes.

Dessa forma esses jovens sentem a necessidade de “se agruparem” com outros jovens que tenham o mesmo objetivo. Um comportamento similar, uma forma de se expressar e o desejo de ser diferente em grupos nos quais todos são “iguais”. Necessidade de terem um ídolo e “rituais” ou uma cultura específica para orientá-los.

Assim, são constituídas as Tribos Urbanas, movimentos identificados por envolverem comportamentos culturais e vestuário semelhantes de adolescentes, sendo consideradas como movimentos de cultura de moda.

Com base no que foi lido no texto “Moda e Tribos Urbanas”, por Queila Ferraz Monteiro, pude observar vertentes que se encontram em um mesmo caminho. De acordo com a opinião de três pensadores (Norbet Elias, Michel Maffesoli e David Riesman) como base teórica para construção do texto sobre o mesmo assunto, concluo que as Tribos Urbanas são, mais especificamente conjuntos de jovens com os mesmos pensamentos que se integram em uma diversidade de cenas e de situações, gerando uma ambiência comunitária e caracterizando as mesmas (tribos urbanas) como fenômenos das cidades contemporâneas (confirmando a “definição” feita no início deste texto). Com características e caráter específico partilham entre si, tendo o vestuário como referência fundamental para definir as individualidades de cada uma dessas tribos, garantindo, dessa forma, a sobrevivência afetiva, suprindo a carência que os jovens sentem através da igualdade de comportamento, pensamento e vestuário de um mesmo grupo, desenvolvendo, assim, sua personalidade para a vida futura/adulta e influenciando ainda como proteção para o indivíduo, contribuindo para a evolução social através de formas de expressão como sendo o impulso para essa evolução.

Logo, temos grupos de iguais que possuem características das cidades contemporâneas, ultrapassando dos limites de “meros” grupos e adentrando em um contexto histórico. Transmitindo o modo como seus participantes vêem o mundo de acordo com um conceito de caráter social como produto da experiência desses grupos. Podemos, dessa maneira, enxergar a moda desses movimentos como uma moda de iguais tribalizados, como define o pensador David Riesman, a qual passa a ideia, comportamento e pensamento de cada tribo através do que vestem e da forma como o fazem. Deixando clara a tentativa de fuga do tédio por parte dos jovens ao encontrarem seu círculo de iguais.

Para entendermos a moda, enquanto empreendimento coletivo e, ao mesmo tempo individualista, devemos compreender os estilos de oposição, o que cada tribo quer dizer através de suas formas de expressão ou/e vestuário.



Bell Meira

Pen drive divertido


A famosa gatinha, Hello Kitty virou USB!
Em duas opções: 2GB e 4 GB...
Para você que não curte o básico!

Bell Meira