quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Moda e Tribos Urbanas: uma linguagem de estilo



Nas cidades contemporâneas, um dia-a-dia corrido que assusta, dias acelerados e um mundo de descobertas e novas tecnologias por segundo, os jovens se sentem sufocados e carentes.

Dessa forma esses jovens sentem a necessidade de “se agruparem” com outros jovens que tenham o mesmo objetivo. Um comportamento similar, uma forma de se expressar e o desejo de ser diferente em grupos nos quais todos são “iguais”. Necessidade de terem um ídolo e “rituais” ou uma cultura específica para orientá-los.

Assim, são constituídas as Tribos Urbanas, movimentos identificados por envolverem comportamentos culturais e vestuário semelhantes de adolescentes, sendo consideradas como movimentos de cultura de moda.

Com base no que foi lido no texto “Moda e Tribos Urbanas”, por Queila Ferraz Monteiro, pude observar vertentes que se encontram em um mesmo caminho. De acordo com a opinião de três pensadores (Norbet Elias, Michel Maffesoli e David Riesman) como base teórica para construção do texto sobre o mesmo assunto, concluo que as Tribos Urbanas são, mais especificamente conjuntos de jovens com os mesmos pensamentos que se integram em uma diversidade de cenas e de situações, gerando uma ambiência comunitária e caracterizando as mesmas (tribos urbanas) como fenômenos das cidades contemporâneas (confirmando a “definição” feita no início deste texto). Com características e caráter específico partilham entre si, tendo o vestuário como referência fundamental para definir as individualidades de cada uma dessas tribos, garantindo, dessa forma, a sobrevivência afetiva, suprindo a carência que os jovens sentem através da igualdade de comportamento, pensamento e vestuário de um mesmo grupo, desenvolvendo, assim, sua personalidade para a vida futura/adulta e influenciando ainda como proteção para o indivíduo, contribuindo para a evolução social através de formas de expressão como sendo o impulso para essa evolução.

Logo, temos grupos de iguais que possuem características das cidades contemporâneas, ultrapassando dos limites de “meros” grupos e adentrando em um contexto histórico. Transmitindo o modo como seus participantes vêem o mundo de acordo com um conceito de caráter social como produto da experiência desses grupos. Podemos, dessa maneira, enxergar a moda desses movimentos como uma moda de iguais tribalizados, como define o pensador David Riesman, a qual passa a ideia, comportamento e pensamento de cada tribo através do que vestem e da forma como o fazem. Deixando clara a tentativa de fuga do tédio por parte dos jovens ao encontrarem seu círculo de iguais.

Para entendermos a moda, enquanto empreendimento coletivo e, ao mesmo tempo individualista, devemos compreender os estilos de oposição, o que cada tribo quer dizer através de suas formas de expressão ou/e vestuário.



Bell Meira

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